Archive for setembro \17\+00:00 2006

O que o amor

 

 

O que é o amor?

É um pedaço do teu corpo entregue em outra alma,
É o pensamento que vaga distante, quando tu não estás presente.
É o jeito de falar com os olhos, sem precisar nada dizer,
É só se perceber o brilho, que ofusca a quem se busca…
É deixar vagar a mente…
É saber que mesmo distante, tens teu coração junto ao meu…
É saber que tu podes penetrar no meu corpo, sem precisar me tocar…
É sentir que estás perto, mesmo sem te enxergar…
É perceber que tu chegastes com o tempo…
Nos descaminhos que nos fizeram unir os corpos,
Como se as almas se encontrassem…
É sentir-se completo, pleno, cheio de forças e de sonhos…
É poder sentir teu toque, teu cheiro, teu gosto, teu ser…
É sentir o ofegar da tua respiração, quando encontra com a minha…
É saber que teu abraço, me sustenta e me ampara…
É ouvir tua voz trêmula, com medo da vida que me trouxestes até tu.
É ver que o tempo passou mais devagar para mim…
O Amor, o que é o Amor… nessa vida sem rumo, sem tempo certo?
É o encontro da escuridão da noite, com os raios do sol…
É o nascimento da semente, que cresce para a vida…
Que faz crescer a flor, que exala o mais doce perfume…
E que se deixa morrer, para que dela outras possam nascer…
O Amor, o Amor é…
O encontro das gotas do mar, que fazem crescer as águas…
É a chuva que cai…
É o vento forte, que se mostra na tempestade…
É a brisa que te beija sempre ao amanhecer…
É o sol que brilha, lembrando que é hora de um novo amanhecer…
O Amor, o Amor é…
Como a vida, que começa devagar, nos passos incertos de uma criança…
Depois continua na incerteza de passos ainda mais incertos…
E por fim, se vê o caminho que o tempo não te deixou seguir
Por não ter chegado a tua hora…
E quando é a hora de Amar???
São todos os segundos que a vida te entrega,
São todas as manhãs que o dia te chama,
São todas as noites que o dia te cala.
É quando teu coração se prepara para dar,
Não esperando para receber…
É quando tu te entregas, sem medo de perder…
É quando tu consegues sorrir de tanto chorar…
É quando tu consegues te elevar dos sonhos…
É quando teus lábios murmuram o silêncio…
É quando tua voz penetra no espaço…
É quando tu sentes que chegou tua hora…
É quando as horas encontram seu tempo…
É quando um pedaço de mim se vai…
É quando percebo que tu já não vives em mim..
É então que busco encontrar os sonhos…
Para então poder ter a vida ao meu alcance…
Antes que eu não possa mais senti-la…
É tentar te encontrar na eternidade…
Para novamente poder te Amar…

Este texto lindo encontrei na minha cp e o e-mail é de

(selmagb@hotmail.com).Espero que vcs gostem,um lindo fim de semana.Carinhosamente lelêzen

É pra vc Lyna

 

 

VOAR

 

(Leonardo Boff)

Passamos uma vida presos,
qual pássaros em suas gaiolas!
Medo de amar,
de olhar a vida de frente…
E naquele pequeno espaço,
cantamos nossas dores e sonhos!

 

Muitas vezes, 
as portas de nossas gaiolas se abrem…
Mas permanecemos ali,
acostumados, encolhidos às nossas vontades e sonhos!
Não tenham dúvidas, amigos, 
à primeira oportunidade, 
devem alçar o vôo das águias, 
calmo, confiante, determinado!

 

Amem sem medo, 
brinquem um pouco com a vida!
Não tenham medo dos rochedos e, sobre eles, 
estendam as suas asas corajosas de águia!
Soltem-se ao vento, 
e deixem-no levá-los ao sonho!

 

Como a águia,
tente enxergar as pequeninas coisas a sua volta
e saiba apreciá-las, 
dando um sentido novo à sua vida!
Não sejam passarinhos de gaiola, 
mas, águias do céu!

 A vc Lyna,mulher sensível,meiga e inteligente. Q irradia alegria, ternura, liberdade e não tem mêdo de voar.

Minha homenagem carinhosa e obrigada por ser minha amiga.

 

 

Amo Cecilia

  

 

Houve um tempo em que minha janela se abria sobre uma cidade que parecia ser feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco. Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinham um pobre com um balde, e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz. Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor. Outras vezes encontro nuvens espessas. Avisto crianças que vão para a escola. Pardais que pulam pelo muro. Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais. Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar. Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega. Ás vezes, um galo canta. Às vezes, um avião passa. Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino. E eu me sinto completamente feliz. Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim. Autor: Cecília  Meireles