A Roda da Vida (sânsc. Bhavachakra) foi criada pela extinta escola Sarvastivada, precursora do buddhismo Mahayana. Esta ilustração, muito comum no buddhismo tibetano, é uma representação simbólica da impermanência, dos doze elos da existência interdependente, dos seis reinos da existência cíclica e dos venenos da mente.
A assustadora figura que segura a roda é Yama,


o demônio da morte da mitologia indiana. Aqui, sua terrível presença simboliza a impermanência: nenhum ser vivo pode escapar de suas garras.

 

Na borda da roda, doze ilustrações representam os elos da existência condicionada

Uma mulher cega, que não consegue ver a natureza verdadeira, representa a ignorância;

Um homem fazendo um pote representa a vontade;

Um macaco pulando de galho em galho representa a consciência;

Um barco com duas pessoas representa o nome-e-forma;

Uma casa com seis janelas representa o conjunto dos seis sentidos;

Um casal se abraçando representa o contato;

Um homem com um olho ferido por uma flecha representa a sensação;

Um homem tomando bebida alcoólica representa o desejo;

Um homem ou um macaco agarrando uma fruta representa o apego;

Uma mulher grávida representa a existência;

Uma mulher dando à luz representa o nascimento;

Uma pessoa carregando um cadáver representa a velhice-e-morte.

A parte principal da roda é dividida em seis partes, representando os seis reinos da existência cíclica (sânsc. samsara). Na parte de baixo, estão os três reinos inferiores: os seres do inferno (sânsc. naraka), os espíritos carentes ou fantasmas famintos (sânsc. preta) e os animais (sânsc. tiryak). Na parte de cima, estão os três reinos superiores: os deuses (sânsc. deva), os semi-deuses ou titãs (sâns c. asu ra) e os humanos (sânsc. manushya).